Cultura do estupro: considerações sobre violência sexual, feminismo e Análise do Comportamento

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Júlia Castro de Carvalho Freitas
Amanda Oliveira de Morais

Resumen

ComportamentoRESUMOO movimento feminista tem usado a expressão cultura do estupro para defender que comportamentos sexualmente violentos são explicados contextualmente, não se tratando de ocorrên-cias isoladas ou de efeitos de agentes psicológicos internos. Considerando a compatibilidade entre feminismo e Análise do Comportamento e que esta pode ser uma ferramenta de transfor-mação de práticas sociais injustas e opressivas, o objetivo deste artigo consiste em apresen-tar uma análise comportamental de práticas culturais e comportamentos presentes na cultura do estupro a partir de considerações feministas. Foram empregados conceitos da Análise do Comportamento como modelagem, modelação e equivalência de estímulos para discutir a categorização por gênero, os modelos midiáticos de papéis sexuais, o conceito de mitos sobre estupro e como nos comportamos em função deles, as práticas de culpabilização da vítima e seu acolhimento e o processo de justiça relacionado à violência sexual. Ao final, aponta-se que a cultura do estupro pode ser caracterizada, em termos comportamentais, por um conjunto de contingências que são encorajadoras e/ou permissivas com práticas sexuais violentas e por um conjunto de classes de comportamentos sexualmente abusivos, dos mais sutis ao estupro, que ocorrem no contexto patriarcal.

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Cómo citar
Castro de Carvalho Freitas, J., & Oliveira de Morais, A. (2019). Cultura do estupro: considerações sobre violência sexual, feminismo e Análise do Comportamento. Acta Comportamentalia: Revista Latina De Análisis Del Comportamiento, 27(1). Recuperado a partir de https://www.revistas.unam.mx/index.php/acom/article/view/68758