Mulheres negras nas exatas: debates em espaço de educação não formal

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Gustavo Augusto Assis Faustino
Regina Nobre Vargas
Clarissa Alves Carneiro Bernardes
Ludwaler Rodrigues Silva
Morgana Abranches Bastos
Marta Cezaria de Oliveira
Claudio Roberto Machado Benite
Anna M. Canavarro Benite

Resumen

Nossa sociedade é uma estrutura racista derivada de 350 anos de colônia escravocrata que perpetua violências contra grupos sociais divergentes da heteronormatividade. Defendemos que é a educação nossa maior aliada na reconstrução desta sociedade. Com elementos de uma pesquisa participante, objetivamos o desenvolvimento de uma vivência intercultural centrada na produção de cientistas negras e seus universos identitários para o processo de educação não formal em uma Organização não governamental - ONG feminista negra. Nossos resultados demonstram que ao pensarmos no enfrentamento do racismo, machismo e a LGBTIfobia não podemos pensar em ações particionadas. Nesse sentido, formar professoras/es passa também por uma formação política e comprometida com a superação das barreiras e limitações que alguns grupos sociais passam para serem aceitas/os e valorizadas/os. Nossos resultados também mostram que as ONGs podem auxiliar na formação inicial e continuada das/os professoras/es de química, sendo uma alternativa de operacionalização e resistência da população negra e LGBTI.

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Biografía del autor/a

Gustavo Augusto Assis Faustino, Universidade Federal de Goiás

Aluno do curso de Licenciatura em Química na Universidade Federal de Goiás (UFG) onde faço parte do Coletivo Negro/a Tia Ciata no Laboratório de Pesquisas em Educação Química e Inclusão (LPEQI), vinculado ao Núcleo de Pesquisa em Ensino de Ciências (NUPEC), do Instituto de Química (IQ). Participo desde 2019 no Programa Institucional de Iniciação Científica - PIBIC nas Ações Afirmativas (PIBIC AF/UFG/CNPq). Integrante do Coletivo de Educação Popular Prepara Trans - FE UFG. Atuo como assistente editorial da Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) e integro o Conselho Editorial da Revista África e Africanidades. Integro a Secretaria Nacional/Geral do Projeto Afrocientista (gerenciado pela ABPN e financiado pelo Instituto Unibanco). Participei do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) de 2015 a 2016. Participei do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC-UFG) de 2016 a 2018. Participei do Programa de Bolsas de Licenciatura (PROLICEN-UFG) de 2018 a 2019. Participei como Assistente Administrativo da ABPN de 2017 a 2020. Participei em 2017 através do Programa de Mobilidade Internacional Santander Ibero Americano do intercâmbio no curso de Licenciatura em Química na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Técnico em Química pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás - Campus Inhumas (IFG). Atuo na área de Ensino de Química com foco nos seguintes temas: cultura e história africana e afro-brasileira no ensino de ciências/química, ensino de ciências de matriz africana e da diáspora, ensino de ciências/química e a lei 10.639/03, políticas de ações afirmativas, feminismos negros e descolonização do currículo de ciências.

Regina Nobre Vargas, Universidade Federal de Goiás

Mestre em Química (2018) pela Universidade Federal de Goiás (UFG), é graduada em Química Licenciatura pela mesma instituição, onde foi aluna de Iniciação Científica bolsista PIBIC 2013/2014 do Laboratório de Pesquisas em Educação Química e Inclusão (LPEQI) do Instituto de Química da UFG, atuando na temática ensino de química e cultura afro-brasileira. Atualmente é aluna de doutorado do Programa de Pós-Graduação de Química da UFG e faz parte do Coletivo CIATA-Grupo de Estudos sobre a Descolonização do Currículo de Ciências do IQ-UFG. É membro da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e atua na área de Ensino de Química com foco nos temas: cultura e história africana no ensino de ciências, ensino de ciências de matriz africana e da diáspora e políticas de ações afirmativas.

Clarissa Alves Carneiro Bernardes, Universidade Federal de Goiás

Discente do curso de Farmácia da Universidade Federal de Goiás e integrante do Laboratório de Pesquisas em Educação Química e Inclusão (LPEQI) vinculado ao Núcleo de Pesquisa em Ensino de Ciências (NUPEC) do Instituto de Química (IQ) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Participante do projeto AFROCIENTISTA - Regional Goiânia, que tem por objetivo aproximar os/as jovens negros e negras oriundos das baixas classes socioeconômicas e com alto potencial de engajamento acadêmico e social ao ambiente acadêmico universitário.

Ludwaler Rodrigues Silva, Diretor do Colégio Estadual Solon Amaral.

Diretor do Colégio Estadual Solon Amaral.

Morgana Abranches Bastos, Universidade Federal de Goiás

Licenciada e Mestra em Química pela Universidade Federal de Goiás. Integrante do Coletivo Negro/a CIATA e do Laboratório de Pesquisas em Educação Química e Inclusão (LPEQI). Integrante do projeto Investiga Menina! Especialista em Saneamento e Saúde Ambiental pela Universidade Federal de Goiás e Chefe de Edições da Revista da ABPN. Atualmente professora substituta do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação da UFG.

Marta Cezaria de Oliveira, Universidade Federal de Goiás

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (1998). Atualmente é mestranda no Programa de Pós Graduação em Educação em Ciências e Matemática na Universidade Federal de Goiás. Integrante do Coletivo CIATA do Laboratório de Pesquisas em Educação Química e Inclusão - LPEQI da Universidade Federal de Goiás (UFG). Coordenadora de Bolsistas de Graduação. Ativista da ONG Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado. Conselheira Nacional do Conselho de Promoção da Igualdade Racial. Integrante da coordenação do Forum Nacional de Mulheres Negras e Cineasta.

Claudio Roberto Machado Benite, Universidade Federal de Goiás

Doutor em Química com ênfase em Ensino de Química e Mestre em Educação em Ciências e Matemática (UFG). Especialista em Ensino de Ciências (UERJ) e Licenciado em Química. Coordenador do Núcleo de Tecnologia Assistiva para a Experimentação no Ensino de Ciências do Laboratório de Pesquisas em Educação Química e Inclusão (LPEQI) e coordenador do curso de Licenciatura em Química. Professor Adjunto do Instituto de Química, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Ensino de Ciências (NUPEC) e vinculado ao Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática, ambos da UFG. Atua nas seguintes linhas de pesquisa: Ensino de Química e Cibercultura na Inclusão Escolar; Necessidades Educativas Especiais e Necessidades Formativas dos Professores na perspectiva Inclusiva; Ensino de Química no âmbito da lei 10.639 e Design de Tecnologia Assistiva para a Experimentação no Ensino de Ciências.

Anna M. Canavarro Benite, Universidade Federal de Goiás

Doutora e Mestre em Ciências e Licenciada em Química (UFRJ/ 2005). Professora Associada IV da Universidade Federal de Goiás onde coordeno o Laboratório de Pesquisas em Educação Química e Inclusão- LPEQI desde 2006, grupo de pesquisa registrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq e que também conta com financiamento deste mesmo órgão. Institui em 2009 o Coletivo CIATA- Grupo de Estudos sobre a Descolonização do Currículo de Ciências, cujas ações desenvolvidas renderam em 2013 - Diploma de Reconhecimento por ação cotidiana na luta pela defesa, promoção e proteção dos direitos humanos em Goiás; em 2014 - Honra ao Mérito pela Assessoria Especial para Direitos Humanos e Cidadania; 2016- Prêmio Mulher Combativa; 2018 ? Professora Homenageada nomeando o Centro Acadêmico de Licenciatura Plena em Ciências da UNIFESP Diadema; 2018 - Reconhecimento pela competência, dedicação e Profissionalismo; 2019- Prêmio SBPC/GO de Popularização da Ciência; 2019 - Honra ao Mérito em reconhecimento à luta em defesa da educação em Goiás; Sou militante do Grupo de Mulheres Negras Dandaras no Cerrado. Fui coordenadora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência do curso de Licenciatura em Química do IQ - UFG entre 2016-2019. Fui representante do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial do Estado de Goiás nos anos de 2016 -2017. Membro do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial - CNPIR. (2016/2018), Coordenadora da Rede Goiana Interdisciplinar de Pesquisas em Educação Inclusiva- RPEI. Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Ensino de Ciências. Fui Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as Gestão 2016-2018. Sou secretária Executiva da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros/as Gestão 2108-2020. Assessora da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Goiás. Sou pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Ensino de Ciências (NUPEC) da UFG, com financiamento do CNPq e do FINEP. Orientei 05 alunxs de doutorado, 15 alunxs de mestrado e 36 alunos de Iniciação Científica até o presente momento. Atualmente, oriento 4 alunos de mestrado e 10 alunos de doutorado pelo PPGQ E PPGECM da UFG. Publiquei até o momento 93 artigos em periódicos especializados. Tenho 13 capítulos de livro publicados. Finalmente atuo na área de Ensino de Química com foco na cultura e história africana no ensino de ciências, ensino de ciências de matriz africana e da diáspora, cibercultura na educação inclusiva, Mulheres Negras nas Ciências e políticas de ações afirmativas.