Terrorismo íntimo: violência por parceiro íntimo, feminicídio e confinamento
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Resumo
A violência por parceiro íntimo gera altos níveis de danos físicos, emocionais e econômicos. Especialmente no caso das mulheres, essa violência está associada a vários problemas de saúde, dificuldades econômicas, encarceramento e uso de substâncias. Embora os dados geralmente não reflitam a real incidência desse fenômeno, sabe-se que grande parte das vítimas tem medo de denunciar as agressões ou procurar atendimento médico, seja por represálias do parceiro ou por revitimização por parte das autoridades. Esta situação parece ter-se agravado durante o período de confinamento associado à pandemia COVID-19, em consequência do confinamento e da restrição da mobilidade nos espaços públicos.
Este artigo explora algumas dimensões da violência por parceiro íntimo que permitem concebê-la como comparável a uma estratégia terrorista que gera inúmeros riscos e afeta a vida de milhões de mulheres no mundo, mas principalmente na região latino-americana.