Potencial de geração de energia a partir do lodo de sistemas de tratamento de esgoto

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Adrianus van Haandel

Resumo

Todos os sistemas de tratamento biológico de águas residuárias geram lodo que se compõe em grande parte de material orgânico. A quantidade de lodo gerado por unidade de massa de material orgânico depende da natureza do sistema de tratamento (aeróbio ou anaeróbio), da composição do material orgânico e das condições operacionais (idade de lodo e temperatura). Para converter a energia química do lodo em energia útil têm‐se em princípio dois caminhos: (1) aplicação da digestão anaeróbia e uso do biogás gerado ou (2) processos térmicos: combustão direta, pirólise ou gaseificação. Uma análise mostra que a digestão anaeróbia é preferível aos processos térmicos quando o objetivo é geração de energia elétrica. A energia que pode ser gerada com lodo de sistemas aeróbios é claramente insuficiente para atender a demanda de energia elétrica para aeração e de calor para evaporação de água de torta de lodo antes da aplicação de processos térmicos. Em sistemas de tratamento anaeróbio o potencial de geração de energia é maior que em sistemas aeróbios e a demanda de energia é menor Ao menos teoricamente os sistemas anaeróbios podem se tornar autosuficientes em termos energéticos pelo uso do lodo. A contribuição de processos térmicos de lodo é relativamente inexpressiva e sua aplicação somente se justifica quando é necessário reduzir a massa de lodo para viabilizar transporte e destinação final do lodo.

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Como Citar
[1]
van Haandel, A. 2009. Potencial de geração de energia a partir do lodo de sistemas de tratamento de esgoto. Revista AIDIS de ingeniería y ciencias ambientales: Investigación, desarrollo y práctica. 2, 1 (out. 2009), 125–142.
Biografia do Autor

Adrianus van Haandel

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